Notícias

Para além do arco-íris: construção social da mulher e experiências da transexualidade

Autor: Hugo Felipe Quintela

O objetivo central desta pesquisa é propor uma abordagem socioantropológica do fenômeno da transexualidade, na sociedade ocidental contemporânea, a partir da análise das “trajetórias de vida” de quatro mulheres que vivenciam a transexualidade, residentes na Grande Vitória - ES, com o intuito de compreendermos as suas visões de mundo e projetos de vida, constituídos em meio a uma eteronormatividade pungente. A metodologia utilizada foi a História de Vida, tendo como objetivo primeiro a percepção dos elementos que são recorrentes na construção social dessa mulher. Os meus contatos com essas mulheres se deram a partir de 2012 até os primeiros meses de 2014. Além das histórias de vida, utilizei algumas entrevistas e dados jornalísticos de mulheres na transexualidade, que ganharam notoriedade na sociedade brasileira nos últimos anos. Inicialmente, foi realizada uma revisão bibliográfica sobre as noções de gênero e seus impactos na sociedade ocidental, assim como o do fenômeno da transexualidade. A partir das histórias de vida e dos dados jornalísticos busquei interpretar os elementos que são invocados para a construção social da mulher nas experiências da transexualidade, analisando
os eventos que são recorrentes em suas vidas, tendo como pressuposto a noção de que essa experiência, em nossa sociedade, é entendida como “comportamento desviante”. As análises das histórias de vida tiveram como referência primeira o conceito de projeto proposto por Alfred Schutz e revistado por Gilberto Velho. Outro foco de análise dessa pesquisa é a produção da “feminilidade”, a partir do corpo, levando em consideração que essa é uma dimensão muito importante nesse processo de tornar-se mulher, buscando a 
compreensão das representações de corpo e gênero na produção dessa identidade. De forma geral, pretende-se desvelar o processo de construção social da pessoa pelo qual essas mulheres passam e o modo como se percebem nas relações sociais que estabelecem em sua vida cotidiana, como também o lugar social que elas tendem a ocupar na sociedade ocidental, principalmente na brasileira. 

Orientadora: Profª. Drª. Sandra Regina Soares da Costa Martins (UFES/PGCS)

Membro interno: Profª. Drª. Cristiana Losekann (UFES/PGCS)

Membro externo: Profª. Drª. Rogéria Campos de Almeida Dutra (UFJF/PPGCSO)

Dia 16/07/2014, às 10 hrs, na sala 9 do IC-II.

 

Seminário "Repensando as relações étnico-raciais na escola"

O Seminário "Repensando as relações étinico-raciais na escola" acontecerá no dia 22/07, de 17 às 21 Hrs, no auditório do IC-II. O mesmo será organizado pela Profª Andrea e os alunos da disciplina "Antropologia e Educação". Contamos com a sua participação.

PROGRAMAÇÃO:
 
17h- ABERTURA
 
17h:15min- MESA REDONDA: 
A OBRIGATORIEDADE DO ENSINO DE HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA NA EDUCAÇÃO BÁSICA
(Lei 11645/2008)
- PROFº Gustavo Forde – doutorando em Educação pela UFES e Coordenador do NEAB – IFES, 
- PROFª Andrea Cristina Almeida - Professora indígena, Técnica da SEMED-Aracruz/Setor de Educação Escolar Indígena.
- PROFª Arlete Schubert – Mestre em educação pela UFES, técnica da Secretaria de Educação de Vitória.
 
18h:45min - DEBATE
 
19h:15min - LANCHE
 
19h:40min – RELATOS E EXPERIÊNCIAS DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS - PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA
 
20h:30min - DEBATE
 
21h - ENCERRAMENTO
 
No evento será fornecido o CERTIFICADO de participação!
 

Notícias sobre matrícula e período letivo do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais

DIAS

ATIVIDADES

28/07 a 31/07/2014

Período de Rematrícula do Semestre 2014/2

18/08/2014

Início do Semestre 2014/2

19/12/2014

Encerramento do Semestre 2014/2

 

A forma como você se alimenta é um ato político

Entrevista da Profª e nutricionista, Elaine Azevedo, concedida à revista CartaCapital. Para a professora, os motivos para o consumo de produtos orgânicos não são restritos à preocupação com a saúde. 

entrevista pode ser acessada aqui.

10ª Semana de Alimentos Orgânicos

Participe da 10ª Semana de Alimentos Orgânicos, do dia 25 de maio ao dia 01 de Junho de 2014

Clique aqui para acessar informações sobre a programação do evento e os locais de realização.

 

Conversa com o autor

Convidado: Antonio Carlos Sant'ana Diegues.

Professor do Programa de Pós- Graduação em Ciências Ambientais (PROCAM) da USP e pesquisador senior do NUPAUB/USP.

Entre suas publicações, destacam-se os livros citados a seguir:

·         Pescadores, Camponeses e Trabalhos do Mar. São Paulo: Ática S.A., 1983.

·         O Mito Moderno da Natureza Intocada. São Paulo: Hucitec e NUPAUB/USP, 2008. 

·         A pesca construindo sociedades. São Paulo: NUPAUB, 2004.

·         Ecologia Humana e Planejamento em Áreas Costeiras. São Paulo: NUPAUB, 2001. 

·         Ilhas e Mares: simbolismo e imaginário. São Paulo: HUCITEC, 1998.

O encontro será dia 27 de maio, de 14:00h às 15h, na sala 05 do anexo do IC2. Participe.

Produção da Cultura e mediação social do ambiente nas pescas artesanais das comunidades vizinhas de Ubú e Parati no Espírito Santo.

Título:  Produção  da Cultura  e mediação  social  do ambiente  nas pescas  artesanais  das comunidades vizinhas de Ubú e Parati no Espírito Santo.
 
Gustavo Rovetta Pereira.
 
RESUMO:
 
A pesca exercida nas comunidades, ao longo do litoral brasileiro, atualmente se diferencia muito da pesca  exercida  pelos  habitantes  que estavam  aqui  no  momento  em  que  chegaram os colonizadores europeus no território que hoje é concernente ao Brasil. Essa atividade haliêutica transformou-se através do acesso ascendente a uma variedae de instrumentos e acessórios que antes não faziam parte do cotidiano da atiidade. Além disso, há muitas décadas, grande parte dos instrumentos e das embarcações era construído pelos próprias pescadores ­ diferentemente das linhas de náilon, do GPS, do motor de embarcação e da geladeira do barco, utilizados com frequência  atualmente.  Mesmo  com  essas  convergentes  mudanças,  os  pescadores  ainda dependem  do  que  Antônio  Carlos  Diegues  (1983)  caracterizou  como  força  produtiva  da natureza, isto é, a dependência que a pesca possui em relação aos ciclos do ambiente. A maioria dos pescadores hodiernos não são mais indivíduos isolados fisica e informacionalmente em suas localidades. São registrados como pessoas viventes em um Estado nacional, possuem carteira de identidade ( entre outros documentos), usufruemde bens de consumo, lidam cotidianamente com  dinheiro.  Em  geral,  vivem  em  meios  de  certa  forma  urbanizados.  Possuem,  em  suas trajetórias  de  pescadores,  uma  legislação  especifica  a  cumprir  perante  o  Estado,  para  terem permissão de pescar: licença ambiental de pesca, carteira de pescador e licença embarcação. Porém, diferentemente da maioria dos trabalhadores urbanos, o pescador  convive diretamente com as nuances do ambiente marinho, que irão ditar o seu cotidiano e os desafios que ele terá que superar para angariar os objetivos de sua atividade: os peixes e outros seres marinhos. Além dos fatores descritos acima que influênciam diretamente a forma que toma a pesca artesanal, as comunidades de pescadores artesanais de Ubú e Parati, existentes no município de Anchieta, convivem com turistas desde a década de 1950. A partir da década de 1970 esse território conta com a inserção da colossal indústria de beneficiamento de minério Samarco e, mais tarde em 2006,  da  Petrobrás.  Esses  últimos  atores,  para  além  de  constituir  alguns  determinantes  nas trajetórias  das  pescas  artesanais  de Ubú  e Parati,  postam­se  através  de  suas  ações  como  os agentes  que,  na  percepção  dos  pescadores  artesanais,  irão  acabar  com  a  atividade,  devido  a sua  racionalidade  que  visa  constantemente  expandir  seu  processo  produtivo,  atingindo diretamente  a  pesca  local.  É  nessa  circunstância  que  se  desenvolve  o  estudo  que  nessas páginas está contido, tratando de compreender o processo de produção da cultura das pescas artesanais  das  comunidades  de  Ubú  e  Parati,  que  é  intimamente  relativo  em  seus  possíveis desenvolvimentos ao acesso dos pescadores artesanais ao ambiente marinho.
 
Data da defesa: 27/05/2014, às 10 horas, terça-feira.
Local: Sala 9, do Mestrado da Ciências Sociais.
Orientadora: Profª Drª Winifred Knox
Membro Interno: Profª Drª Sonia Missagia de Matos
Membro Externo: Prof Dr Antônio Carlos Sant'Ana Diegues
 
 

O MAR NÃO ESTÁ PARA PEIXE: A CONSTITUIÇÃO DE CONFLITOS SOCIOAMBIENTAIS NA RESERVA EXTRATIVISTA MARINHA DO CORUMBAU – BAHIA.

Autor: JERÔNIMO AMARAL DE CARVALHO 

A Reserva Extrativista Marinha (RESEXMAR) do Corumbau foi criada no ano de 2000, a partir de uma ação coletiva, iniciada em 1997 por meio das lideranças de pescadores locais, na busca de instrumento jurídico que garantisse o acesso exclusivo dos recursos pesqueiros contra a atividade da pesca comercial de camarão sete-barbas que se instalou na década de 1980. Durante o processo de criação da RESEXMAR do Corumbau, os pescadores obtiveram apoio de órgãos governamentais, como a Coordenação Nacional de Populações Tradicionais (CNPT) e de entidades ambientalistas do terceiro setor – Associação Pradense de Proteção Ambiental (APPA), e posteriormente a Conservation International do Brasil (CI-Brasil). Entretanto, após a criação da RESEXMAR do Corumbau – entre os anos 2000 e 2002 – foi elaborado o Plano de Manejo que orientaria a gestão da Unidade de Conservação (UC). O documento foi capitaneado pela equipe técnica e científica vinculada à CI-Brasil, tendo como ponto de destaque a criação de áreas de exclusão total da atividade da pesca, por meio da Zona de Proteção Marinha (ZPM). A ideia de uma ZPM, para a CI-Brasil, era que de forma indireta e em médio e longo prazo, os pescadores se beneficiariam com o possível aumento de produção de pescado, contanto que 30% de cobertura de recifes tivesse algum tipo de proteção dos processos ecológicos, tais como reprodução e crescimento de espécies. Durante as discussões do Plano de Manejo e atualmente uma parcela de pescadores locais contestaram os limites da ZPM, pois iria restringir o acesso aos recursos pesqueiros. No entanto, tal contestação foi suprimida pelas relações não formais que os membros da CI-Brasil possuíam com o núcleo familiar principal da Vila do Corumbau, forçando os demais em um acordo formal temporário. Tal questionamento evidenciou um conflito de conjunto de normas distintas entre pescadores artesanais em relação à CI-Brasil e IBAMA: A pesca artesanal, enquanto um tipo de ação que segue normas específicas dos quais elementos humanos e não humanos interagem conjuntamente, evidenciando um conhecimento prático e corporizado constituindo um modelo compreensivo de mundo e de natureza; Conceitos modernos e globalizantes de uma natureza totalmente desvinculada das práticas locais artesanais, com forte articulação de uma entidade ambientalista de alcance internacional, guiado pela emergência das questões ambientais, imprimindo no local (o lugar da prática da pesca tradicional) a ideia de um espaço (Áreas Marinhas Protegidas), desencaixado de formas específicas de natureza/culturas.

Professora Doutora Winifred Knox (Orientadora)

Professora Doutora Eliana Junqueira Creado (Membro Interno)

Professor Doutor Ronaldo Joaquim da Silveira Lobão (Membro Externo)

Professora Doutora Aline Trigueiro (Membro Suplente)

 Dia: 12/05/2014, às 14 hrs, na sala 05 do anexo do IC-II.

Villa-Lobos: Música e Nacionalismo na República Velha

Autor: Whashington Luiz Sieleman Almeida

Esta pesquisa busca realizar uma análise do período de formação e consolidação da carreira de Heitor Villa-Lobos, durante a República Velha (1889 – 1930),
contextualizando esse processo com as transformações políticas, sociais econômicas e culturais do período. Para tanto é apresentado um estudo biográfico
desse compositor até o ano de 1930, apontando os pontos mais relevantes de sua carreira no período e buscando entender os elementos que contribuíram para a adoção de uma linguagem musical comprometida com os aspectos sonoros do Brasil e, também, com a identificação de Villa-Lobos como um compositor nacionalista. Com esse intuito, nos dispomos a questionar a importância e a qualidade musical da obra de Villa-Lobos para além do mito do nacionalismo que lhe é atribuída, tentando compreender, ainda, como a atmosfera cultural e social do Rio de Janeiro, capital da recém fundada República, influenciou a formação pessoal e as obras de Villa-Lobos.

Palavras chaves: Nacionalismo. Transformações Sociais. República Velha. Música.
Villa-Lobos

Data de defesa: 26/02/2014
Horário: 15:00
Local: Anexo 1

Banca Examinadora:

Prof. Dr. Sonia Missagia Mattos – UFES (Orientadora)

Profª. Drª. Antonia de Lourdes Colbari – UFES (Membro Titular Interno)

Prof. Dr. José Benedito Viana Gomes – FAMES (Membro Titular Externo)

Angola, Jeje e Ketu: memórias e identidades em casas e nações de candomblé na região metropolitana da Grande Vitória (ES)

Autora: Milena Xibile Batista

 

Angola, jeje e ketu: Memórias e identidades em casas e nações de candomblé na região Metropolitana da Grande Vitória (ES), que é o tema desta dissertação, requer adentrar em análises de categorias nativas do povo de santo, e, em seguida, passar a questões teóricas sobre esses temas. Na cidade de Serra encontram-se as quatro casas de santo onde a pesquisa de campo foi realizada com 3 iyalorixás e 1 babalorixá, que dividem suas memórias e experiências religiosas compondo um exercício teórico sobre a história e a formação do candomblé no Espírito Santo. Nesse estado, que não é referência dessa religião, a mesma encontra-se em ascenção. A preocupação dos integrantes das comunidades de terreiros é transformar parte das tradições orais em produção escrita. Tendo em vista os processos políticos de reconhecimento legal da diversidade cultural, o debate se deu em torno de hibridização e múltiplas formas de identidade. O universo encantador e mágico do candomblé é composto pelos toques dos atabaques, danças rituais e fé em forças da natureza. Os “filhos da diáspora africana” trazidos para o Brasil eram de várias regiões da África, o que nos permite entender a diversidade cultural que marca esses grupos. Em função do sincretismo entre as próprias religiões de matriz africana e delas com o catolicismo e as doutrinas espiritualistas, essas religiões encontram-se de norte a sul do país. Este encontro de crenças e rituais é tão evidente que já não dizemos religiões “africanas” e sim religiões “afro-brasileiras”. O candomblé, desde o seu surgimento, vem sendo criado e recriado pela transmissão de suas tradições e ritos. A tradição oral nas comunidades de terreiro é um dos elementos demarcadores da construção da sua identidade, a partir de uma organização interna e do aprendizado hierarquicamente transmitido pelos depositários do saber, seguindo uma ordem de senioridade de iniciação, os antigos são detentores dos saberes e segredos. Por ser uma religião iniciática, o aprendizado ocorre permanentemente, em especial o da língua ritual, onde o exercício e o contato levam a transmissão cultural. O povo de santo reconstrói uma ligação com uma comunidade imaginada que remonta a África e desenvolve relações de parentesco ficcional entre os membros das comunidades de terreiro e forma uma família de santo e de axé.

 

Banca Examinadora:

Osvaldo Martins Oliveira (orientador) 

Sandro José da Silva (examinador interno)

Cleyde Rodrigues Amorim (examinador externo)

Sandra Regina Soares da Costa (examinador interno suplente

 

Data de defesa...: 28/01/2014

Horário: 14:00

Local..: Sala 09 IC II

Páginas

Transparência Pública
Acesso à informação

© 2013 Universidade Federal do Espírito Santo. Todos os direitos reservados.
Av. Fernando Ferrari, 514 - Goiabeiras, Vitória - ES | CEP 29075-910