DIMENSÕES DO PODER NA GOVERNANÇA POLICÊNTRICA DE DESASTRES: ATORES, DINÂMICAS E RESULTADOS
Nome: NARA LIMA MASCARENHAS BARBOSA
Data de publicação: 21/11/2025
Banca:
| Nome |
Papel |
|---|---|
| BRUNO PEREGRINA PUGA | Examinador Externo |
| EUZENEIA CARLOS | Presidente |
| MARCELO DE SOUZA MARQUES | Examinador Interno |
| MARTA ZORZAL E SILVA | Examinador Interno |
| PEDRO HENRIQUE CAMPELLO TORRES | Examinador Externo |
Resumo: Esta tese analisa a influência das dinâmicas de poder sobre a estrutura e o funcionamento da governança policêntrica de desastres, bem como seus efeitos em
relação aos princípios de equidade e responsabilização. Com base na teoria da
governança policêntrica, propõe-se um Modelo Integrado de Análise da Governança
de Desastres (MIAGD), aplicado ao arranjo criado para lidar com desastre
decorrente do rompimento da barragem de Fundão (MG), em 2015, que atingiu a
bacia do Rio Doce. A pesquisa adotou uma abordagem qualitativa, com aplicação da
técnica de process tracing. O recorte temporal da análise abrange três momentos
distintos da governança, no período de 2015 a 2022. Conclui-se que a adoção de
mecanismos extrajudiciais de resolução de conflitos resultou em uma arquitetura de
governança com traços monocêntricos, marcada pelo desequilíbrio e pela
ambivalência de poderes.Como consequência, a aplicação efetiva dos princípios de
equidade e responsabilização foi comprometida, perpetuando injustiças
socioambientais. Quase uma década após o desastre, o sistema de governança
encerra-se sem garantir compensação e reparação às populações atingidas.
