A ANCESTRALIDADE É UMA FONTE DE RENDA, DESDE QUE RESPEITEMOS NOSSAS TRADIÇÕES: A COOPYGUÁ, O MEL E A REDE DE SEMENTES ENTRE OS POVOS TUPINIKIM DO ESPÍRITO SANTO

Nome: WALTER VELOSO DUTRA

Data de publicação: 10/12/2025
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
SANDRO JOSE DA SILVA Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ELIANA SANTOS JUNQUEIRA CREADO Examinador Interno
IANA SOARES DE OLIVEIRA PENNA Examinador Externo
IAN PACKER Examinador Interno
RONALDO JOAQUIM DA SILVEIRA LOBÃO Examinador Externo
SANDRO JOSE DA SILVA Presidente

Resumo: A tese nasce de um percurso etnográfico junto à Cooperativa Coopyguá e à Rede de Sementes
Tupyguá, entre os povos Tupinikim do Espírito Santo. O texto acompanha os caminhos do mel,
das sementes e das alianças que se tecem entre pessoas, abelhas, plantas e instituições, em um
território marcado por retomadas, memórias e disputas. A escrita se orienta pela escuta e pelo
cuidado, buscando fazer ver como as práticas cotidianas de trabalho e parentesco produzem
outras formas de existir e sustentar a vida. No encontro com políticas públicas, empresas e
projetos de desenvolvimento, emergem as fricções entre os mundos indígenas e as categorias
que tentam enquadrá-los — etnodesenvolvimento, bioeconomia, empreendedorismo. Essas
linguagens, tomadas como promessas de futuro, revelam-se também modos de governo e
captura do comum, tensionadas pelas práticas Tupinikim que insistem em devolver à terra o
que dela vem. A pesquisa se constrói como gesto de devolução e diálogo, afirmando que a
Coopyguá não é apenas experiências econômicas, mas modos de refazer o território, recompor
relações e adiar o fim do mundo.

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