MULHERES QUE FAZEM POLÍTICAS PÚBLICAS PARA MULHERES: ATIVISMO
INSTITUCIONAL FEMINISTA NO GOVERNO FEDERAL (2003 A 2016)

Nome: DANIELA ROSA DE OLIVEIRA

Data de publicação: 30/07/2025

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
EUZENEIA CARLOS Presidente
LIVIA DE CASSIA GODOI MORAES Examinador Interno
LUCIANA ANDRESSA MARTINS DE SOUZA Examinador Interno
MARLISE MIRIAM DE MATOS ALMEIDA Examinador Externo
REBECCA NEAERA ABERS Examinador Externo

Resumo: Estudos recentes no Brasil indicam que, desde a redemocratização, ocorreram transformações
significativas nos padrões de interação entre sociedade civil e Estado. Esse processo se
manifesta tanto nas estratégias de ação dos movimentos sociais — que passaram a atuar no
interior da burocracia estatal, visando influenciar políticas públicas por meio de partidos
políticos, instituições participativas, ativismo institucional, entre outros — quanto nas
mudanças das dinâmicas estatais, com a abertura de canais de participação e a reformulação
dos processos de implementação de políticas públicas. Na primeira década do século XXI, esse
processo se intensifica, e a criação, em 2003, da Secretaria de Políticas para as Mulheres da
Presidência da República (SPM-PR), primeiro organismo de políticas públicas para as mulheres
no governo federal com status ministerial, passa a ser compreendida como consequência deste
processo de interação. O objetivo desta tese é aprofundar a análise das interações socioestatais
e investigar os efeitos do ativismo institucional feminista na institucionalização de políticas
públicas para as mulheres e de gênero. A partir de uma perspectiva histórica e temporal, foi
utilizado o método de pesquisa qualitativo, os dados foram extraídos de duas fontes principais:
análise documental e análise de trajetória com entrevista semiestruturada de atrizes-chave. O
foco central é a atuação de mulheres na SPM durante os governos do Partido dos Trabalhadores
(PT), entre 2003 e 2016. Argumenta-se que o ativismo institucional feminista gerou efeitos
substantivos tanto no desenvolvimento das políticas públicas quanto nas trajetórias das
ativistas, caracterizados por um processo de aprendizagem institucional, no qual Estado e
movimentos feministas construíram um intercâmbio dinâmico de práticas e saberes.
Palavras-chave: Movimentos sociais; Estado; Feminismo; Políticas públicas; Consequências
políticas de movimentos sociais; Gênero.

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