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Esta Ilha é uma delícia: entre o inconsciente urbano da modernidade na cidade de Vitória e as literatices de Carmélia Maria de Souza

Nome: TAMARA LOPES TEIXEIRA

Data de publicação: 27/06/2025

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
CLAUDIA PEREIRA DO CARMO MURTA Examinador Interno
JULIANA MADDALENA TRIFILIO DIAS Examinador Externo
MARCIA BARROS FERREIRA RODRIGUES Presidente
MARIA CRISTINA DADALTO Examinador Interno
RODRIGO LUIZ CUNHA GONSALVES Examinador Externo

Resumo: Entre atos falhos e paixões na formação social, política, econômica e cultural
brasileira, como as cidades esboçaram a sua modernidade? E, diante de todas as
suas marcas e silêncios, como o inconsciente urbano da modernidade se projetou
no rosto da cidade? Tais questões conduzem esta pesquisa a tensionar os
processos históricos, urbanísticos e sociológicos da modernidade capixaba, em
diálogo com a Psicanálise. O percurso teórico inicia-se com a noção de
modernidade, a partir da relação entre espaço de experiência e expectativa de
futuro, conforme elaborada por Reinhart Koselleck. Paralelamente, o inconsciente,
em sua dimensão invisível, mas perscrutável, aparece, a partir das contribuições de
Sigmund Freud e Jacques Lacan. A vida e as crônicas de Carmélia Maria de Souza
são mobilizadas como recurso metodológico, ancorado no Paradigma Indiciário,
visando estabelecer contato com o inconsciente a céu aberto da modernidade
capixaba, por meio das contradições sociais, ambiguidades e urbanidades
excêntricas na fisiognomia de Vitória. Nesse cruzamento entre teoria social e escuta
psicanalítica de fenômenos sociais, observa-se que, em Vitória, a ideia de
progresso, preconizada pela modernidade, não se concretizou como um horizonte
aberto de possibilidades: a sobreposição da experiência sobre expectativa dificultou
a emergência de futuros desvinculados das tradições, dos mitos fundadores e do
controle das elites regionais, ancorado no autoritarismo afetivo. É nesse contexto
que a rua Duque de Caxias aparece, nas crônicas de Carmélia, como expressão do
inconsciente urbano a céu aberto e uma metáfora do ato falho da modernidade
capixaba.

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