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“O DIA EM QUE O MORRO DESCER E NÃO FOR CARNAVAL”: Análise das concepções de justiça nos episódios de sublevação no
Território do Bem, Vitória – ES”

Nome: THAIRINY ALVES FRANCO

Data de publicação: 16/10/2024

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
EDILENE SOUZA DA SILVA NEVES Examinador Externo
IVANA ESTEVES PASSOS DE OLIVEIRA Examinador Externo
MARCIA BARROS FERREIRA RODRIGUES Presidente
MARIA ANGELA ROSA Examinador Externo
MARO LARA MARTINS Examinador Interno

Resumo: Esta dissertação tem como objetivo analisar as narrativas sobre os assassinatos de três adolescentes que residiam no Território do Bem, Vitória - ES, e os episódios de sublevação que ocorreram em protesto às suas mortes. Os adolescentes são Wanderson de Souza,
assassinado em 2016, João Vitor, em 2017, e Caio Matheus, assassinado em 2020, todos mortos pela polícia, com informações divergentes entre o Estado e os moradores sobre o momento das execuções. A pesquisa aborda as concepções de justiça que emergiram entre os sujeitos envolvidos nos episódios de sublevação e a forma como essas concepções se propagaram pelos discursos na cidade, com foco em como corpos negros — especialmente adolescentes — são vulneráveis no imaginário social e nas dinâmicas de sujeição criminal. Para tanto, utilizou-se a análise de conteúdo (AC), orientada pelo paradigma indiciário. O corpus da pesquisa inclui notícias dos jornais online A Gazeta e G1, que foram submetidas à AC, permitindo o acesso às narrativas sobre os assassinatos dos adolescentes e os protestos ocorridos no Território do Bem. Ao longo do trabalho, discutem-se as violações dos direitos dos adolescentes na mídia e como raça, território e sujeição criminal estão imbricados nessas dinâmicas, além dos fatores de fabulação que moldam nossa imaginação a partir das escolhas narrativas dos noticiários. Observou-se que as concepções de justiça entre o Estado e os moradores entrevistados, nas notícias, do Território do Bem são divergentes. O próprio ato de se rebelar em protesto é um indício de contestação às dinâmicas estatais de justiça. Observou-se também que a narrativa da guerra às drogas é central nas justificativas oficiais para a ação do Estado e que esta está entrelaçada ao racismo estrutural.

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