A luta por reparação é de mulheres: Raça e gênero no quilombo do Degredo frente ao desastre-crime no Rio Doce
Nome: ROSIMERY SOARES LOIOLA
Data de publicação: 29/05/2024
Banca:
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Papel |
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OSVALDO MARTINS DE OLIVEIRA | Examinador Interno |
SANDRO JOSE DA SILVA | Presidente |
SONIA REGINA LOURENÇO | Examinador Externo |
Resumo: A presente dissertação descreve como as mulheres da comunidade quilombola de Degredo (Linhares, Espírito Santo) construíram a sua relação com o desastre-crime ocorrido no Rio Doce e seus afluentes em 2015. O objeto de estudo se delimitou a partir da constatação da pouca visibilidade e reconhecimento das mulheres na organização social dos conflitos em decorrência do desastre-crime, uma vez que a categoria “atingido” serviu para generalizar as experiências daqueles afetados pelo rompimento da barragem, as mobilizações e as soluções encontradas. Considerando as perspectivas locais de inscrição em termos de gênero e raça, tomo como metodologia a etnografia do cotidiano daquelas mulheres quilombolas, envolvidas na construção de espaços de liderança política, bem como sua percepção e as interações que elas têm não apenas com o espaço político, mas com os rios, as águas, o mar, a terra e os peixes. Concluo a dissertação descrevendo como as mulheres quilombolas, envolvidas no processo de reparação pelos danos causados pelo desastre-crime o consideram uma expressão do racismo ambiental.