AWANDÁ E O FEITIÇO DA CHICHA: UMA ETNOGRAFIA DOS MAKURAP NO RIO GUAPORÉ
Nome: BRENO DUARTE CASTRO
Data de publicação: 13/11/2023
Banca:
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Papel |
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EDUARDO BATALHA VIVEIROS DE CASTRO | Examinador Externo |
MARCELA STOKLER COELHO DE SOUZA | Examinador Externo |
MARINA VANZOLINI FIGUEIREDO | Examinador Externo |
NICOLE SOARES PINTO | Presidente |
Resumo: O presente texto é um trabalho etnográfico realizado com o povo Makurap, de língua
Tupi-Tupari, e que habita a margem direita do rio Guaporé na Terra Indígena homônima,
na fronteira com a Bolívia. Primeiramente abordaremos a sociologia desse povo e o
modo como as relações entre clã e etnia não podem ser facilmente elaboradas a partir de
uma topologia euclidiana. Em seguida, a partir dos mitos de surgimento da humanidade
e das relações que os indígenas mantém com os donos e espíritos, avaliaremos a noção
de “humanidade” e como ela está sujeita à variação a partir dos encontros. Finalmente,
abordaremos o tema da feitiçaria a partir de uma acusação ocorrida na aldeia de Ricardo
Franco. Pensaremos como tal conceito é mobilizado para falar do efeito provocado pela
chicha que seria tal como aquele provocado pela jiboia, uma verdadeira caçaria.