Movimentos Sociais, Estado e Suas Dinâmicas de Interação: um balanço de duas décadas do Movimento de Direitos Humanos do Espírito Santo
Nome: Rodrigo Paris Gasparini
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 02/03/2020
Orientador:
Nome | Papel |
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Euzeneia Carlos | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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Euzeneia Carlos | Orientador |
Maria Cristina Dadalto | Suplente Interno |
Matheus Mazzilli Pereira | Examinador Externo |
Monika Weronika Dowbor da Silva | Examinador Externo |
Resumo: Esta pesquisa parte de uma densa revisão da literatura especializada dos movimentos sociais a fim de isolar as variáveis pertinentes para formalizar uma estratégia analítica capaz de compreender em termos mais gerais como as transformações nos frames de ação coletiva (BENFORD, SNOW, 2000) impactam nas dinâmicas interacionais e organizativas do Movimento de Direitos Humanos do Espírito Santo (MDH-ES). Entende-se que este é um caso inscrito na nova realidade empírica de institucionalização do ativismo, observada nos movimentos sociais brasileiros. Essa análise em framing se
dará a partir da reconstrução das percepções e narrativas dos atores engajados acerca do contexto sócio-histórico da mobilização coletiva, buscando propor relações entre as transformações nos enquadramentos interpretativos e o processo de transformação nas dinâmicas interativas e organizacionais da rede de ativismo. Essa relação será estudada em duas diferentes campanhas empreendidas pela rede engajada na defesa dos direitos humanos no estado do Espírito Santo, especificamente, os períodos compreendidos como ampanha Contra a Impunidade e Violência (1993-2002) e Campanha Contra
Violações no Sistema Prisional (2004-2010). Esse esforço se dará através da análise documental de dezenas de documentos produzidos durante o recorte temporal proposto, sendo eles provenientes tanto da sociedade civil, do Estado e da mídia, além de entrevistas realizadas com ativistas, visando reconstruir os processos históricos das campanhas. A delimitação conceitual das dinâmicas de interação e organizacionais estudadas se dará principalmente a partir da mobilização de ferramentas analíticas presentes nas seguintes formulações: repertório de confronto (TILLY, 2008); repertório organizacional (CLEMENS, 2010); repertório de interação (ABERS; SERAFIM; TATAGIBA, 2014). Esse esforço se dará de forma a quantificar os repertórios de ação, interação e organizativos do movimento de direitos humanos de acordo com seus níveis
de institucionalização e conflituosidade frente ao poder público, em diferentes
temporalidades do recorte e investigar como se dá a transformação dessas dinâmicas ao longo do tempo, relacionando tais mudanças às variações nos frames de ação coletiva observados.
Palavras-chave: Movimentos sociais; Estado; Repertório; Direitos Humanos; Espírito Santo.