QUANDO AS ARMAS DO LEVIATÃ SE VOLTAM CONTRA SI: A GREVE DA POLÍCIA MILITAR DO ESPÍRITO SANTO DE FEVEREIRO DE 2017

Nome: Guilherme Dall`Orto Rocha
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 25/06/2019
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
Paulo Magalhães Araújo Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
Cristiana Losekann Suplente Interno
Humberto Ribeiro Júnior Examinador Externo
Marta Mendes da Rocha Suplente Externo
Marta Zorzal e Silva Examinador Interno
Paulo Magalhães Araújo Orientador

Resumo: RESUMO

Entre os dias 03 e 25 de fevereiro de 2017, o estado do Espírito Santo registrou a maior crise de segurança pública de sua história. Marcaram estes dias um aumento vertiginoso nos registros de crimes patrimoniais e números alarmantes de crimes contra a vida dos cidadãos capixabas. O caos social observado foi resultado da paralisação dos serviços dos policiais militares em decorrência de bloqueios realizados por seus familiares nas saídas dos batalhões da Polícia Militar das principais cidades do estado. O movimento dos familiares, que se dizia autônomo (sem interferência dos membros da corporação), pleiteava benefícios de ordem material e simbólica para os policiais militares, traçando uma pauta de reivindicações dirigida ao governo estadual. Por sua vez, como resposta, o governo estadual se dizia impossibilitado de negociar em razão do momento de crise econômica vivido pelo estado e ainda identificava o movimento como ilegal, classificando-o como uma estratégia utilizada pelos próprios policiais militares para realizarem reivindicações, ou seja, entendiam que vinha ocorrendo uma greve velada (ou “greve branca”). O presente trabalho visa, por meio de análises primordialmente documentais, focadas em registros da época, traçar o cenário ocorrido durante tal mobilização. Utilizando por base os estudos da Teoria do Processo Político e buscando apoio ainda nas análises da Teoria da Escolha Racional, objetiva-se a compreensão do evento de confronto político desde suas origens até suas ulteriores consequências. Para tanto, analisam-se a formação de um repertório de confronto a partir de levantamento de histórico anterior de mobilizações de policiais militares a nível nacional, a trajetória de confronto local envolvendo governo e policiais militares, o contexto socioeconômico e político quando da deflagração da greve, as forças de mobilização empregadas pelos policiais militares, as ações empregadas por ambas as partes durante o desenvolvimento da greve, os mecanismos de desmobilização e controle social empregados pelo governo e, por fim, as reverberações observadas no cenário pós-paralisação.

Palavras-chave: Polícia Militar. Greve. Confronto Político.

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