A sobrevivência dos processos vitais do planeta diante de constantes crises e problemas ambientais, leva-nos a entender as relações entre humanos e não-humanos no antropoceno como exercícios de transformação e regeneração da vida em territórios devastados.
Ancorado nos atuais debates antropológicos sobre a vida no antropoceno, o dossiê busca reunir pesquisas que abordem analiticamente e etnograficamente as múltiplas maneiras de viver em / com / após a devastação ambiental, tanto no contexto de eventos extremos - como incêndios, erupções vulcânicas, tempestades, inundações, pandemias - quanto em duradouras crises ambientais - elevação do nível do mar, poluição do solo e da água, desmatamento.
Estamos interessados em aprofundar a discussão sobre a implantação desses processos no tempo e no espaço e, em particular, entender as negociações e ações emergentes que surgem em contextos configurados em torno de conflitos de interesse, valores e percepções, manifestados em situações de restrições, deslocamentos, perdas, crises e desastres ambientais.
Para isso, convidamos antropólogos e outros pesquisadores a discutir: as novas relações entre humanos e não humanos decorrentes de desastres ambientais, as controvérsias entre vários sistemas de conhecimento para identificação de danos e medidas corretivas, as formas de organização política das populações afetadas, monetização (ou não) de vidas humanas em desastres ambientais, compensação por danos ambientais; deslocamentos causados por desastres ambientais ou por medidas de zoneamento.
Organizadores: Ana Beatriz Vianna Mendes (UFMG), Francisco Araos (Universidad de Los Lagos), Juan Carlos Skewes (Universidad Alberto Hurtado), Eliana Creado (UFES)
Cronograma: envio de manuscritos (artigos, ensaios e resenhas) até 20 de setembro de 2020. Submissões online: http://periodicos.ufes.br/cadecs/login . Email: cadecs.pgcs [at] hotmail.com
Clique aqui para acessar a ementa em espanhol e inglês